terça-feira, 30 de junho de 2009

Quente noite do frio metal

De Palco do Rock - Blog


Não é sempre que um evento como a FEARG acolhe em um de seus palcos bandas como as que estiveram por lá nesse último sábado, dia 27 de junho. Os show acontecidos foram a prova necessária para quem não acreditava no potencial do estilo em relação ao contexto da feira. Nos momentos em que me afastei do palco para comprar algo bebível tive a oportunidade de perceber que o público do palco principal - pasmem - era menor que o do Identidade Urbana. Sobre os shows, posso dizer que sempre tive boas considerações pra fazer sobre as bandas que lá tocaram.

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Quem chegou cedo conseguiu conferir a Montreal, uma banda bastante pesada, mas com o lirismo peculiar das linhas de hardcore melódico e afins da nova geração. Um som bastante consistente e bastante original pro contexto da cidade. A Montreal, escalada aos 48 do segundo tempo pra feira, não deixou a desejar, mas infelizmente não contava com tanto público logo no início. Em seguida, no fim da tarde, ao cair do primeiro sereno da noite, subia ao palco a War Machine, banda da qual faço orgulhosamente parte. No repertório uma mistura bastante branda de covers e influências e composições próprias, todas em língua inglesa. No repertório de covers Deep Purple, Whitesnake, Mr. Big, Rush e outros. De acordo com Law Tissot, destaque para o short do baterista Lizandro Mello.

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Após o show da War Machine subia ao palco a banda Drowsiness. Confesso que descreditei a capacidade da banda de conseguir entrar no clima do palco naquele dia específico. No momento do ínicio do show já era visível que a banda não ficaria descontextualizada naquela fria noite de quente metal ou quente noite de frio metal. Com muito vigor e pegada, a Drowsiness fez um show brilhante, atípico e ao mesmo tempo surpreendente para aquela noite em especial. Com os acordes de "Back In Black" do AC/DC, subia ao palco a New Hell, banda já veterana nos palcos de Rio Grande. Com um repertório significativo em termos de covers, a New Hell começou a aquecer o público que chegava sedento por metal. Destaque maior para as guitarras de Gustavo e a presença do baixista da banda, Lobato.

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O último bloco do palco Identidade Urbana (que nessa noite virava mais uma vez o mitológico palco do rock) se aproximava enquanto a New Hell fechava o seu show com muito vigor. Abrindo com a antológica "Refuse/Resist" do álbum Chaos A.D. do Sepultura, a Hammer, banda que fazia sua estréia naquele momento, levantava o público já quente e presente no palco. O show da Hammer, assim como o da New Hell, foi recheado de cover excelentes, do Metallica até o Motorhead. Um show muito pegado e pesado, mostrando a cara de uma nova grande banda de metal tradicional pra cidade. Destaques para a língua do baixista Gene e para a presença e segurança do vocal Thiago (ex Estrada), que além de suprir as necessidades vocalisticas da Hammer sabe como dominar o público no show. Finalizando a noite, e nada mais justo, estava a Gothic Sky. Com seu estilo gótico e vampírico, a Gothic Sky criou a atmosfera necessária para fechar a noite daquele dia 27 de junho. Dividindo vocais fúnebres com lamentos mórbidos, a banda ainda conta com elementos de viking metal além do clima Edgar A. Poe. Por sinal, ao ler um conto ou um poema do autor norte-americano, sugiro degustar o som da Gothic Sky. Além disso, destaque para a nova fase e o mais novo membro da banda, Moisés, um dos grandes nomes do underground e da música da cidade. Vale lembrar também que a Gothic Sky tem seu foco no trabalho próprio, o que valoriza ainda mais a identidade da banda e lhe assegura um destaque ainda maior.

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Em suma, a noite de sábado no Identidade Urbana, onde skate e metal interagiam e se integravam, não poderia ter sido mais interessante e agradável. Mais um mérito para a feira e para as bandas que fizeram do evento o palco de um espetáculo nem sempre visto com bons olhos por aí. Era isso.

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Um comentário:

SooZ disse...

Bah, essa última foto matou a pau!
Demais!!