quarta-feira, 9 de junho de 2010

Batalha do Rock 05/06

Neste sábado, dia 05 de junho, aconteceu um dos eventos mais esperados dos últimos tempos na cidade do Rio Grande. Junto com os Funeral Voix, o Batalha do Rock sempre foi um evento de grande público e grande prestígio na cidade. Essa última edição começa boa bem antes das portas dos evento (um bocado atrasadas) serem abertas. Bastante gente ficou sabendo lá pela frente mesmo que a Nitrovoid, uma das bandas participantes do evento, tinha sido classificada para a final de evento/festival promovido pela produtora Beco de Porto Alegre, em parceria com a cervaja Polar. O concurso de bandas chamado "A Melhor é Daqui" agregou um grande contigente de excelentes bandas do RS, entre estas algumas outras bandas de Rio Grande como Outdate e tangerines e ainda outros nomes de peso da região, como a pelotense Canastra Suja. Contudo, entre as seis escolhidas pelo público para participar da final, a nossa representante ficou sendo a Nitrovoid, banda de São José do Norte com membros também de Rio Grande. Logo no primeiro show o clima do festival já ficou altamente animado. A primeira banda a apresentar seu show foi a Pano de Fundo. Seguindo o mesmo vigor e excelência em execução e arranjos apresentados no Maio Cultural, alguns dias antes, a Pano de Fundo conseguiu agradar gregos e troianos, todas as tribos e tipos de público presentes no festival organizado por Piter.



A segunda banda da noite foi a Drift Five. Seguindo uma linha de bandas que se auto-definem como hardcore melódico, a Drift Five aparentemente apresentaria um show estigmatizado por fazer parte de um momento de tendências nem sempre bem aceitas no rock. Surpreendentemente, o público aplaudiu, acompanhou e respeitou demais o trabalho da banda. Evidentemente isso é completamente justificado por conta do trabalho sério e competente da banda. O ponto alto do show da Drift Five é a enregia que é emanada durante a execução de cada música, com destaque especial para o estilo agressivo e técnico do baterista Paulo Gabriel, vulgo Batatinha. Infelizmente, devido a alguns problemas técnicos, a Drift Five não acabou sua apresentação, mas pode deixar uma boa impressão no palco do Batalha do Rock.



Com tempo extra para a sua apresentação, a terceira banda da noite foi a aclamadíssima Nitrovoid. Quem sabe por conta do êxtase da boa notícia da classificação para a final do concurso na capital gaúcha, ou quem sabe apenas pelo brilhantismo que acompanha cada indivíduo da Nitrovoid nos últimos tempos, o show foi de uma magnitude atípica aos palcos da cidade. Era um conjunto monstruoso, uma conspiração favorável em todos os aspectos para que aquele momento ficasse eternizado nos anais do rock de Rio Grande. E todos contemplaram, acompanharam, aprovaram e pediram por mais. É bastante difícil descrever algo que beira o ideal num palco de shows, mas foi isso que foi e é o que se pode dizer. Não é a toa que a Nitrovoid está alcançando os picos mais altos, que, é bom que não se esqueça, são os mais difíceis de serem escalados e mais propícios a grandes problemáticas, todas superadas, sem dúvida, até esse momento. Fica, além dos parabéns pelo grande show, o parabéns pelas conquistas até agora, Nitrovoid.



Além disso, é claro, ficam também os parabéns para o Piter e toda equipe competentíssima do Batalha do Rock por proporcionar um espetáculo digno do público sedento da cidade do Rio Grande. Não fiquei para ver a banda Al-Kaeda, mas espero que o evento tenha sido bom do início ao fim. Parabéns, Batalha do Rock.

Maio Cultural no Petruzzi

Quem sabe um pouco tarde, mas aproveitando o tempo livre pra dar uma atualizada aqui. Bom, o Maio Cultural já terminou suas atividades, mas fica aqui um breve registro sobre um dos últimos shows do evento. No dia 28 de maio, apresentavam-se três grandes bandas da cidade. Lá por volta de 9 da noite, a RadioWave, banda focada em covers de bandas dos anos 80, 90 e anos 2000 com vocais femininos (ou nem sempre), subia ao palco improvisada e simpático do restaurante, que já estava completamente lotado no espaço reservado ao público. No repertório músicas de artistas cmo Seal, Joss Stone e outros grandes nomes do R&B, pop, funk e rock mundial. Um show repleto de carisma e arranjos impecáveis e muito bem executados.



Em seguida, e não deixando o clima ficar mais amêno, a veterana Vander Vogel (devo se é com W ou com V) executa suas músicas próprias, já bastante conhecidas pelos fãs e amigos da banda. O show da banda torna-se bastante interessante por tratar-se de uma banda necessariamente de músicas autorais, mas que faz com tudo soe extremamente familiar e agradável ao ouvido mais exigente. Uma banda com qualidade indiscutível e de arranjos muito interessantes.



A Pano de Fundo, quem sabe a banda mais esperada da noite, foi a última a tocar no evento. Contando com a animação ímpar da platéia que almejava ávida pelas covers "lado B", marca registrada da banda, a Pano de Fundo, evidentemente, não decepcionou. Na minha opinião, o ponto forte da banda continua sendo o trabalho de vocais impecável e assustadoramente de bom gosto. Músicas como "Carry on my Wayward Son", do Kansas, fazem com que o público mais fiel fique com os olhos cheios de lágrimas, tal a excelência na execução do cover. Além disso, é claro, sempre um feeling extraordinário durante toda apresentação e, para coroar a noite, homenagens aos grandes Dio e Bebeco Garcia.



Definitivamente uma noite de sucesso para o Maio Cultural em um ambiente excelente, de público participante e de apresentações sem comparação. Brilhante.