sábado, 5 de março de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
LOUD! - Lançamento do álbum, entrevistas e tudo mais
Pessoal, não podia passar batido por aqui o lançamento do álbum da minha banda, a LOUD! Normalmente escrevo sobre outras bandas e projetos musicais na cidade, mas hoje, orgulhosamente, apresento ao leitores do Rio Grande em Bandas, o primeiro registro sonora da LOUD! O disco de estréia, de nome LOUD! também, possui 10 faixas, todas numa vibe bem rock and roll, bastante clássico. Não vou me estender muito aqui, principalmente por estar postando logo abaixo a entrevista competentíssima feita pelo Rk, do Imprensa Musical em Rio Grande (http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=25804247). Sendo assim, reitero estar orgulhoso do trabalho e convido o pessoal a conhecer a LOUD! pelos links espalhados pelo post e, principalmente, pelo http://loudorloud.bandcamp.com/, onde há possibilidade de baixar o cd na íntegra e sem ônus algum de qualidade. Vale a pena, eu garanto. Pra quem quiser ficar por dentro do que anda acontecendo, pode clicar no http://www.loudorloud.blogspot.com/ - melhor ainda se entrar no blog e decidir que vai pagar com um tweet, clicando no botão ali. É uma baita ajuda pra banda e não tem custo financeiro algum, apenas o "pagamento" tuitando pros amigos e followers que baixou o disco! Por falar em Twitter, procura a banda no http://twitter.com/#!/loudorloud e troca uma idéia! Sem mais delongas, entrevistas e notas pra galera conhecer mais a LOUD! e entender um pouco a banda.
Entrevista messenger Lizandro, Régis, Bruno [Loud]
Imprensa diz:
Imprensa Musical em Rio Grande começando mais uma entrevista em formato de log de Messenger! Desta vez a entrevista será feita com 3/4 da banda Loud!, que está começando a divulgação do seu cd de próprias auto-intitulado contendo 10 faixas (participaram da entrevista: Lizandro Mello, bateria; Bruno Mariano – guitarra e Régis Garcia - baixo)
Começo perguntando aos caras da Loud! como foi a decisão de sair daquele esquema seguro de ser a banda War Machine tocando covers vencedoras e consagradas e entrar neste difícil caminho das pedras que é o mercado de música própria em língua inglesa no Brasil.
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Régis Garcia diz:
Cara, foi complexo pra caramba pra gente. A War Machine era uma banda com o trabalho calcado na interpretação de trabalho de grandes bandas.
Contudo, nós sempre tivemos uma queda por composição, tanto que na War nós já havíamos começado a flertar com o trabalho próprio, com a “The Blues” primeiro e, logo depois, mais uma ou duas como a Just Lovin' You e a escrachada “Ozzy Never Dies”. Além disso tudo, também já havíamos participado de outros projetos onde a aposta era a composição, como a Zone Off, do Lizandro, e a Queda Livre, minha e do Bruno. A parte complexa não foi o ato da composição em si, mas deixar pra trás um certo estigma de banda cover, que acho que estava impresso na War Machine.
A gente não pensou muito na dificuldade do mercado, eu acho. Aliás, acabamos pensando nisso de verdade só depois do cd estar nas nossas mãos. Mas acho que isso não nos deixa desmotivados. Sabemos das dificuldades, mas o prazer de investir em algo que a gente realmente ama e curte fazer ajuda a superar esses probleminhas.
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Lizandro diz:
...seguro? Seguro é não precisar sair da cama de manhã cedo. Até com a War Machine tínhamos muita incerteza pairando no ar. E a satisfação de parir a própria cria musical não tem paralelo... por mais que se seja fã dos covers que se toca, sempre gostei mais de compor. Acho que quando a música tem a própria cara de quem a compõe, soa mais fácil, mais tranquila de se tocar, e isso reflete em quem ouve. E o inglês é língua franca, com internet e tudo mais conheço muita gente que domina melhor o idioma inglês que o próprio português, língua-mãe. Mas a respeito do idioma, o Thiago sempre preferiu o inglês por achar mais compatível... Pessoalmente, eu acho que "Lejos del Dolor" por exemplo soava maravilhosa. Eu não teria pejo em adotar o português... Se o mercado aceita ou não, não é algo que me tire o sono, sabe? Trabalho autoral pra mim é justamente parar de medir consequencias, e apostar no que se gosta.
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Bruno diz:
Acho que a nossa escolha pelo inglês foi totalmente por sonoridade, também.
Aliás, a sonoridade toda em si. Quando escolhemos tocar rock, nesse formato que a gente toca, mesmo falando de cover, não estávamos pensando em mercado.
E acho que a composição foi algo natural, já que não existe muita vantagem em tocar cover. Pode parecer mais fácil no início, mas depois sempre acontece da banda estagnar, não tem o que buscar porque a função é mais como animadora do que atração.
Não que seja algo sem valor, tem sua função, mas os horizontes são limitados.
E como até pra tocar cover sempre tivemos muitas idéias de arranjo e interpretação, resolvemos dar vazão.
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Imprensa diz:
Ainda mencionando a War Machine, lembro que passaram pela formação da banda alguns tecladistas. Tendo em vista que o som da Loud! tem fortes influências do Deep Purple [dentre várias outras], como foi para vocês chegar a um consenso sobre não ter mais a figura do teclado na banda? Vocês sentem que o time está 100% fechado ou caso encontrarem algum tecladista que consiga somar à visão musical de vocês 4, ele poderia a integrar a banda?
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Bruno diz:
Eu acho que foi mais por falta de opção. Simplesmente não encontramos nenhum tecladista "que tenha a foto do Jon Lord na carteira".
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Lizandro diz:
Definitivamente não. Nosso som teve essa chegada a um ponto de coesão justamente quando decidimos que ia ser guitarra, baixo e batera. Além de ser uma pessoa a mais pra nos preocuparmos pessoal e musicalmente, não vejo onde um teclado encaixaria na filosofia que temos hoje, de simplicidade e potência de som. Alias, se ninguém ainda notou (risos), temos apenas batera, baixo e UMA guitarra gravada no CD. Isso foi uma escolha, de tentar puxar pro disco o feeling ao vivo... Sem camadas e camadas de guitarras. Ou seja, como pus no encarte... "teclado é HARDWARE!" (risos!)
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Régis Garcia diz:
No início o Ivan fazia parte do nosso projeto de composição na War Machine. Fez bastante falta, acho que principalmente pelo Bruno, como artefato de ligação entre o baixo e a guitarra. Mas é uma questão de acostumar com a sonoridade. Hoje em dia eu não vejo a LOUD! com um teclado ou outra guitarra. Gostei muito de como estamos soando ao vivo, mas pode ser que numa próxima fase possamos pensar no caso, já que estamos sempre pensando em coisas e mais coisas pra não ficar desinteressante pra gente ou pros interessados no som. Também temos a possibilidade do Thiago tocar algum instrumento. Aliás, nos shows ele já toca baixo em uma das músicas (N.R.: “Freezing Rain”), enquanto eu toco violão.
Quem sabe pequenos arranjos de teclado possam fazer parte de um próximo álbum. Pra mim, a maior motivação pra deixar como está, sem um tecladista, é que já é complicado deixar a máquina sempre rodando com apenas quatro cabeças. Pra funcionar com a LOUD! teria que ser um cara muito interessado e tranquilo, além de fã de Jon Lord, é claro.
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Bruno diz:
Eu sinto falta do teclado principalmente por ser outro instrumento de harmonia. Acho mais fácil improvisar sobre os acordes do teclado. Me dá mais dicas de pra onde ir pra completar a melodia das músicas e ao mesmo tempo, como normalmente se trata de Hammond, o timbre não briga com a minha guitarra, fica bem completo.
Só que ao mesmo tempo fica mais difícil lidar com mais uma cabeça.
Tocar sozinho sobre a cozinha também me dá bastante liberdade, e muitas vezes os tecladistas tem uma tendência a puxar pro metal progressivo, que não é a nossa onda. (risos)
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Imprensa diz:
Encerrando o assunto War Machine. Com este nome, vocês anunciaram algumas gravações de composições próprias. Podemos esperar algum dia que este material veja a luz do dia? Vocês poderiam esclarecer um pouco melhor para o pessoal que aguardou por este material por que o mesmo foi arquivado?
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Bruno diz:
Com certeza! Ainda não decidimos como vamos fazer isso, se vai ser um EP, se vai ser no próximo disco, se vamos regravar pra deixar mais uniforme, mas com certeza vamos soltar essas composições em breve.
É que esse CD da Loud! foi composto todo de uma vez. Foram 3 meses de "jamsaios" seguidos, e todo o material do CD saiu desses ensaios. Como o material todo era bem consistente, e já tínhamos músicas de sobra pra encher um CD, resolvemos usar só as "novas".
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Régis Garcia diz:
Alguma música como a “Ozzy Never Dies”, por exemplo, não estavam de acordo com o que acreditávamos ser a nova onda da LOUD! Ainda gostamos muito dela e das outras, mas a própria referência do teclado dentro das músicas e a dificuldade naquele momento de não ter o teclado em algumas daquelas músicas lá do tempo da War nos fizeram pensar que partir do zero seria mais prolífero.
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Imprensa diz:
Esse material sairá com o nome de Loud!, certo?
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Régis Garcia diz:
Sim, mas ainda não temos certeza do que será exatamente o material. Quem sabe até a "Lejos" possa entrar. Vamos ver.
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Imprensa diz:
Como ainda não tenho a versão em cd do disco da Loud!, gostaria de saber como ficou a divisão dos méritos composicionais, incluindo letra e música.
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Bruno diz:
As músicas são dos 4, enquanto as letras, de quem escreveu
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Lizandro diz:
na verdade tivemos uns errinhos de créditos no material físico que só me dei por conta HOJE (risos). Tirando “Everything” (Thiago, eu), “One More Time” (Thiago) e “She's no Lady” (Régis), as demais letras são minhas.
#curiosidadesloud
Aliás, elas só foram compostas (maior parte) depois que havia alguma linha vocal "desenhando' a prosódia... me preocupei bem com isso.
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Imprensa diz:
Vocês tiveram a preocupação de ter no CD um material que seja possível de ser reproduzido ao vivo em sua totalidade. A gente pode esperar uma turnê da Loud! fora do estado? Já há algum plano mais tangível neste aspecto e que possa ser contado? Estão todos preparados para tirar férias forçadas dos empregos regulares?
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Régis Garcia diz:
Não temos nada de concreto, mesmo. Temos muitas expectativas, isso sim. A gente tá contando com a ajuda de um amigão pra nos dar dicas, o Titi. Contudo, a praia dele é outra, então estamos indo bem devagar pra não atropelar ritos de passagem importantes pra se fazer coisa certa. A ajuda do Titi, que é competentíssimo, está sendo muito valiosa.
Fora do estado, em SC, temos alguns bons contatos. Aqui no RS temos mais é cara-de-pau. Queremos pegar nossas coisas e tocar por aí pra mostrar o trabalho da LOUD!
Fora isso, tem o Paraná, que é um grande celeiro de música boa. Como eu disse antes: temos uma porção de expectativas, mas muito pouco de concreto ainda. Já estamos felizes com a aceitação de quem está escutando o álbum, então vamos aproveitando isso e alinhavando toda nossa estratégia de alçar vôos maiores.
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Lizandro diz:
Claro... levo fé no nosso taco. Temos muita vontade, alguns planos e poucos contatos... mas estamos trabalhando duro pra isso. O que importa é que a nossa música tá tomando forma e creio que esse primeiro álbum é só o início da história.
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Bruno diz:
Pra mim fica até mais fácil: nem começo a trabalhar!
(risos)
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Régis Garcia diz:
Acho que essa é a grande polêmica da música independente e semi-amadora, não é? É complicado abandonar o conforto pra partir pra uma empreitada delicada como a música no Brasil hoje. Contudo, tivemos centenas de conversas sobre o assunto e, sim, estamos preparados pra conciliar nossos empregos regulares com a música.
Mas é evidente que estamos sempre fazendo tudo com uma calma ímpar. Não existe possibilidade de sustentar a música num nível que gostamos de manter, de bons equipamentos, boas gravações e tudo mais sem nossa estabilidade financeira.
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Imprensa diz:
Então. Em uma banda como a Loud!, nós temos no mínimo três bons produtores. Ainda assim, o álbum conta com um produtor "externo", que foi o Bruno Pires. Qual foi a importância do Bruno Pires e o quanto ele teve liberdade e ativa participação na concepção do CD?
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Bruno diz:
Ele tá aqui do meu lado! (risos)
Ele falou que tá tomando serra malte agora (risos)
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Lizandro diz:
Da minha parte, nenhum papel na concepção da batera, até porque ele chegou (infelizmente) tardiamente. Já havia gravado...
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Régis Garcia diz:
Acho que o Bruninho foi peça chave pro andamento do álbum em momentos diferentes.
No início, nós precisávamos de alguém que ajudasse com uma visão de fora, alguém que pudesse criticar bastante pra gente poder melhoras as músicas. Contudo, o Bruninho é tão legal que só elogiava. E esse, então, foi uma das grandes contribuições dele.
Ele nos incentivou do início ao fim da gravação, fez planos com a gente pro durante e pro depois, gastou a bunda em cadeira escutando e ajudando a gente a entender melhor a nossa própria música.
Na minha opinião, ele foi um produtor completo. No fim das contas, a capa do cd, que contou com a colaboração e idéia de todos, foi realizada junto com ele.
Sem contar também no como me senti confortável gravando sob a supervisão dele. Ter um cara como ele por perto facilitou - infinitamente - o processo todo. E nos rendeu centenas de boas risadas e orgias gastronômicas.
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Lizandro diz:
Ele fez a edição de todas as baterias, que deu um puuuta trabalho... só por isso já honrou o salário (risos)
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Bruno diz:
Sem falar em toda a mixagem do CD
Muitas pessoas vieram elogiar a qualidade do CD, e a "culpa" é toda dele!
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Imprensa diz:
Chegou o momento para vocês colocarem alguns dos segredos para estes timbres. Citem um pouco do equipamento usado para o CD, e os estúdios que foram usados
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Bruno diz:
Deixa eu ver... Estúdio: "meu quarto", "corredor" e "salão de festas do edifício albatroz" (risos)
Fora a bateria, que foi gravado no estúdio Beer, o resto foi em casa mesmo.
Guitarra foi basicamente gravada entre meu quarto e corredor do AP onde moro.
Aproveitei as férias, onde a maioria dos vizinhos vai pro cassino, pra poder colocar o amp mais alto.
Usei um mic Neumann TLM103 e um GPA GM570, que custou 47 reais e a minha interface line6 Toneport ux2 de dois canais. Usamos essa mesma interface pra guitarra, baixo e vocal.
O amp é o mesmo que eu uso sempre ao vivo, o Leadvox todo modificado.
E foi só isso: amp relativamente alto, microfonado com dois mics, direto na interface tentando capturar o som o mais próximo possível do que eu tava escutando, sem inventar muita coisa de efeitos, só um Phase90 que eu montei, um Wah Vox e um Digital Delay Boss.
Guitarra by Denilson e minha Samick véia de guerra!
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Régis Garcia diz:
A gente fez bastante experiência durante as gravações, principalmente o Bruno. Para as guitarras e voz, e também como mic de ambiência pra batera, a gente utilizou um mic bem bacana, um condenser da Neumann. Acho que esse foi o cheiro do cd. O baixo foi gravado com meu set, um Hartke e caixas est. Além do Fender Precision 83, em todas as músicas, afinado sempre meio tom abaixo e com o bordão em C#. Aliás, isso, pra mim, foi um grande resquício do trabalho com a Nitrovoid, do qual fiz parte pra gravação do Morphocoda.
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Lizandro diz:
Bom... acho que postei tudo sobre o aspecto tech no blog. (Aliás, já visitou? www.loudorloud.blogspot.com). Basicamente, minha batera com peles porosas, captação ambiente, pele de bumbo fechada... Tentativa de Bonham-wannabe... O mais natural possível.
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Bruno diz:
Pro Régis gravamos dois canais do baixo, um do line out do Hartke e outro de microfone, que foi um Behringer B2.
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Imprensa diz:
Não esqueçam da viola de “Freezing Rain”!
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Bruno diz:
Acho que o que fez diferença no som da viola foi eu arrumar a cama naquele dia.
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Régis Garcia diz:
Ah, é verdade. A viola foi gravada no quarto do Bruno, com o tal mic da Neumann no 12º traste. E eu me apertando todo pra não me mexer, não cutucar o casco do violão com a mão, não bater com o pé no chão pra não pegar no mic. Foi tenso. Mas o Bruno tem razão, a cama estar arrumada deu aquele toque diferenciado no som. Ah, e não dá pra esquecer que o vocal foi gravado usando Panflex pendurado no teto, na frente do mic, pra amenizar os "pufs" da voz.
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Bruno diz:
Isso! O Panflex foi um item importante!
Ahhh, é o Panflex que a mãe do Bruninho (Pires) usa pra limpar o banheiro!
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Lizandro diz:
Não é PERFEX ???
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Bruno diz:
E tem que ser o verde!
Não, esse é o "falsificado"!
(risos gerais)
E noites e mais noites mixando
Agora deu!
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Imprensa diz:
Para quem não conhece o som da Loud!, vocês conseguiriam fazer uma espécie de equação usando entre 3 e 5 bandas que estão contidas na música de vocês, explicando onde é que há traços destas bandas?
Essa pergunta é minha favorita, I guess, sempre faço ela!
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Régis Garcia diz:
Cara, eu acho que a banda crucial pra esse disco foi o Led. Em tudo. Uma coisa que eu evitei fazer foi escutar muito Led nessa época. Pode parecer doideira, mas eu achei que ia ser legal manter a influência, mas não correr o risco de arranjar algo muito parecido por estar com a banda muito fresca na cabeça. Eu escutei bastante Black Crowes nessa época, mas acho que, salvo uma coisa ou outra, não ta explícito no material. Faith no More pra mim também tá numa das grandes influências pro LOUD!
O Purple foi se perdendo com o passar das músicas, até pra evitar que o teclado viesse na cabeça, mas coisas do Fireball me estimularam bastante. Além disso, Mr. Big também tava no meu playlist. De maneira geral, o que tentamos evitar foi o hard do Bon Jovi, Aerosmith e afins, assim como o Europe e outros nomes do metal mais light dos anos 80. Decidimos que a "farofa" deveria ficar meio de lado, mas certamente fez parte das nossas influências.
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Lizandro diz:
Do meu ponto de vista? Led Zeppelin (rock clássico, introspectivo sem largar o peso e o groove), Deep Purple (improviso na hora de compor), Van Halen (cozinha funcionando sozinha na hora dos solos e mantendo o pulso), Whitesnake (pegada de blues porrada).
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Bruno diz:
Na época da composição eu tava ouvindo muito Jimi Hendirx e Eric Clapton. Eu prestei muita atenção em como o Clapton usa a dinâmica na “Old Love”, e isso pode ser ouvido na “Touch”. Como ele toca mais suave, diminui o drive com o botão de volume...
O Hendrix foi culpa do último episódio de “Battlestar Galáctica”, que fecha com "All Along The Watchtower", daí fiquei uma semana ouvindo Hendrix direto e apareci com o Riff da intro de “She's No Lady”, e louco pra usar o wah wah.
Aerosmith, Deep Purple, Van Halen, Whitesnake e Mr. Big são coisas que eu escuto sempre, e sempre acaba aparecendo alguma influência.
O Solo da “Freezing Rain” tem uma frase surrupiada da música tema de um seriado dos anos 70, ganha um CD quem adivinhar qual!
#curiosidadesloud
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Imprensa diz:
Gostaria de fazer um troca-troca de sensações sobre cada música do álbum
Vamos?
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Régis Garcia diz:
go go
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Lizandro diz:
ui!
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Bruno diz:
(risos)
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Imprensa diz:
O CD abre com “Tell Me”, que me soou como algo de Stone Roses [“Driving South”/”Love Spreads”] e, claro, “Hats Off To Roy Harper”, do Zeppelin. Achei ela tri densa e emocionante e fiquei na duvida se o Bruno não pudesse ter achado ela muito depressiva, visto que ele sempre teve alguma resistência com música mais melancólica. A performance do vocal é torástica! Foi a musica que o Thiago melhor se adequou, a meu ver.
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Lizandro diz:
Pra mim desde a primeira demo soou Van Hagar... Talvez isso não tivesse passado pro álbum.
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Bruno diz:
Eu não acho a “Tell Me” depressiva, melancólica talvez um pouco, mas não depressiva.
É uma das minhas preferidas, e até foi insistência minha usar como música de abertura.
Sei lá, eu sinto até como uma música bem pra cima!
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Régis Garcia diz:
Meu lance com a “Tell Me” é o "coro" do meio. Fico esperando chegar ali pra vibrar um pouco. Foi gravado aqui em casa, na cozinha/sala. Eu arranjei o vocal e o Thiago fez um baita trabalho. Sempre me deixa pra cima, principalmente pelas palmas (risos). O climão dela é o mais intenso do cd, eu acho. Ela tem aquela subida, sabe? O refrão explode. Acho fantástica.
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Imprensa diz:
A 2a faixa, “Everything”, tem aquela quebra de andamento para o solo! Como surgiu?
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Bruno diz:
Que eu me lembre, surgiu "do nada". Os ensaios pra composição eram jams onde deixávamos gravando o tempo todo, pra depois escolher material em casa, então muita coisa surgiu "do nada"!
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Lizandro diz:
Que eu lembre, acabamos combinando uma passagem bluesy no restante que já tínhamos... a quebra foi o melhor encaixe que achamos.
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Régis Garcia diz:
Acho que fui eu quem fez a quebra ali. Como o baixo estava afinado lá em C#, aproveitei a empolgação. Eu tenho um pouco a mania de que a música tem que ter alguma nuance. Nem sempre soa bem. Tem uma porção de coisas que insisti pra gente fazer que ficou péssimo. Felizmente o bom senso dos guris fez ir pro limbo. O Lizandro sempre tenta na boa vontade quando eu faço o pedido.
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Lizandro diz:
Tenho cara de "Bauru na Caixinha", eu, por acaso? Faz o pedido e eu atendo?
(muitos risos)
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Bruno diz:
É verdade, foi idéia do Régis mesmo, ele tirou da cartola na hora, e eu tentei tocar slide na hora, mas não rolou.
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Imprensa diz:
Espero que não se ofendam se eu afirmar que a “Hot To Thrill” eu associo a Alice in Chains circa 1990, Facelift: Tem os riffs, o baixo no comando da estrofe, a paradinha sexy mode. Tenho vários motivos para ver o Cantrell nela!
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Bruno diz:
Eu gosto do Facelift, mas nunca tinha pensado nisso!
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Lizandro diz:
Não conheço AIC a fundo pra concordar ou discordar... mas essa tá mais pra hardeira 80tista, misto de Scorpions no riff com a paradinha à la "Panama" do Van Halen, e a volta pro riff tem minha tentativa de bumbadas à Mike Terrana, mas com um bumbo só.
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Régis Garcia diz:
Ofensa nenhuma pra mim. O AiC é uma das grandes bandas dos últimos tempos. A “Hot to Thrill” é um pouco diferente das outras e nos deixou na dúvida, mas acho que é a música mais empolgante pra fãs de rock 90 e adiante. Acho que é uma boa conexão com o AiC.
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Imprensa diz:
Já a “She's No Lady” é total seventies, né? Nenhuma contestação quanto a isto, creio. Síncope do Zeppelin, riff acompanhando a voz, muito suingue e black malícia rolando.
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Lizandro diz:
Essa musica deu tanta discussão pra acertar a composição final...
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Régis Garcia diz:
A “She's no Lady” é, como o Bruno já adiantou, bem Hendrix. O lance da síncope é muito cômico, pra não dizer trágico! (risos!) Eu e o Thiago, de um lado, estávamos tentando a todo custo convencer o Lizandro de que a síncope em si era um tempo "errado". Ele insistia que a gente é que estava "errado". O Bruno, eu acho, sugeriu que a gente usasse um pouco de cada.
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Lizandro diz:
isso
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Régis Garcia diz:
Aliás, acho que o riff do meio veio um pouco do Bruno e um pouco do Lizandro. No fim ficou um pouco de cada e ficou excelente. Ela é a que sempre me dá mais tesão de tocar, até porque posso "trabalhar" e brincar um pouco mais no arranjo de baixo dela.
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Lizandro diz:
Além do que o Régis disse... funkeira total, mesmo, eu enfiei meus pés num território que nunca tinha desbravado antes em termos de bateria. E foi legal, sabe? Me descobri com mais potencialidade que achava que tinha. Pensei "bom, vou brincar de Ian Paice no Come Taste the Band'... e deu certo. Aliás, acho que passei o CD inteiro brincando de ser outros! (risos!) Bonham, Paice, Van Halen, Appice, Ward, Terrana... um pouco de cada. Que cada um descubra quem é quem! (risos)
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Bruno diz:
Battlestar Galactica!
Sem essa série, não existiria “She's no Lady”!
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Imprensa diz:
“Touch” parece ter sido uma daquelas melodias que receberam um investimento grande e ela se tornou o que se tornou: uma música com toda aquela queda lenta até o limbo, depois aquele final com o Thiago brincando de “Child In Time”!
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Bruno diz:
Na verdade a “Touch” ficou pronta na segunda vez que tocamos.
Deve ter levado uma hora, duas no máximo.
Veio inteira!
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Régis Garcia diz:
A “Touch” é uma daquelas músicas que a gente prefere tocar sentindo mesmo do que pensando no que fazer. De minha parte, decidi que faria o mínimo possível, pra poder aproveitar a vibe, que foi muito bem captada pelo redator.
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Lizandro diz:
“Touch” saiu tão de soco, parecia que todo mundo sabia como tinha de ser tocada. E em uns 15 minutos que o Régis e o Bruno acertavam mudanças de acordes e o solo, eu escrevi a letra toda. Acho que por ter sido a ultima do álbum, a gente já tava tão ambientado e afinado que não tinha como ser outra coisa.
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Bruno diz:
E na verdade o final é a "parte do vampiro"
(risos)
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Imprensa diz:
Será que rola na trilha do Twilight?
/sacanagem
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Régis Garcia diz:
(risos!) Só se rolar uma vampira bonita pra vender a música depois! =D
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Bruno diz:
Nerd mode on: pensei em Twilight Zone!
Se um dia gravarmos um clipe, o Thiago vai ter que se fantasiar de vampiro, bem estilo Drácula dos anos 30 (30???)
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Lizandro diz:
Ou a gente convida o Drácula da Marilu. Carnaval ta aí... (risos!)
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Imprensa diz:
“Make Me Wonder” seria a meu ver um bom single. Ela tem um riff pesado e com um apelo 'propaganda de cigarro' e uma batida bem bangueável, ela tem uma força massa que perdura pela faixa toda!
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Bruno diz:
Eu gosto muito do vocal da “Make me Wonder”, e de como o riff de guitarra preenche os "buracos" que a voz deixa de propósito.
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Lizandro diz:
...e foi a musica que menos curtimos fazer. Mas eu gosto da levada dela. Só acho que faltou mais tempo pra que eu pudesse pensar numa linha de bateria mais legal. Acabo gostando mais das versões ao vivo.
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Régis Garcia diz:
A “Make me Wonder” foi inspirada na Remedy, do Black Crowes. Fiz uma boa parte dela em casa e depois os guris deram os toques deles nos ensaios. Acho que a gente andava meio cansado quando fez ela e acabou não dando muito atenção. Gosto muito dela no CD, mas gosto mais ao vivo mesmo. Eu usaria de single.
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Imprensa diz:
A “Freezing Rain” evidentemente que tem influência do Page. A melodia é bem emocionante e há estes experimentos com os pratos.
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Lizandro diz:
Ali acho que a gente meio que encarnou o Zep mesmo. Quanto à minha parte, dividi em dois tomos... Uma intro mais percussão sinfônica, com caixa, surdo, bumbo sinfônico, pratos germânicos, gongo... dando uma de Blind Guardian. Eu acho tri o trabalho do batera novo (do Blind Guardian) nessa parte.
E o tomo de drumkit, me puxei mesmo pro Bonham, com direito a phaser na prataria, viradinhas surrupiadas e timbre de tambores.
No fim, acho que encaixou na atmosfera da musica.
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Régis Garcia diz:
O mais legal pra mim na “Freezing Rain”, é que saí de casa com o arranjo pronto no violão, que era pro Thiago tocar. Me surpreendi quando ele disse que ficava mais confortável no baixo. Ele tem se mostrado um ótimo baixista nessa brincadeira. Além disso, o arranjo foi mantido tal qual o da composição original, com os guris entrando nos lugares certinhos e fazendo tudo como eu imaginava que ia ser, sem eu dar indicação alguma do que eu imaginava. Foi mágico. Acho que foi num bom momento de composição nosso, e o clima Zep ajudou muito a nos entendermos nela.
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Bruno diz:
É nessa que tem a tal frase surrupiada do tema do seriado...
Na gravação foi bem difícil achar um timbre que não brigasse com o violão.
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Imprensa diz:
A próxima música parece ser a mais divertida! Para começar com o título: “You Can't Kill MY Rock ‘N’ Roll”. Esse ‘my’ é intrigante! Parece briga de marido rockeiro e mulher que não deixa o cara curtir um som. O riff do inicio que, se fosse uns 2 tons mais grave entraria no cd do Helmet.
Essa música é doente, eu curto ela!
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Bruno diz:
Acho que isso é coisa do Thiago, assim como "Ozzy Never Dies FOR me"...
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Lizandro diz:
A letra surgiu ao redor da ideia do título, que o Thiago cantarolou na demo. Foi fácil pegar o gancho, porque reflete bem algo que é (era? TOMARA!) recorrente na cena musical de Rio Grande... O velho problema de sempre ter alguém insatisfeito com o que fazes não pelo que fazes, mas por quem és. Essa letra é uma resposta... "não vou me encaixar nos seus ditos padrões". E por mais que tentem, não podem matar o MEU Rock and Roll. Por mais que haja candidatos a Mark Chapman por aí.
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Régis Garcia diz:
(risos!) Acho que é bem isso. Ela tem um lance divertido demais. Acho que a intenção do Thiago era essa, soar como o cara brigando pelo direito de manter aquela chama no coração gelado da rotina sempre dura. Sempre me lembra, como o Bruno diz quando a gente fala nela, uma coisa meio Twisted Sister. É a mais forte candidata a single e clipe. Vamos ver.
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Imprensa diz:
A próxima faixa, “Distance And Silence”, acho que foi onde a banda conseguiu soar mais coesa, estão todos com ótimas performances. Parece uma musica simples, mas ela possui um bocadinho de detalhes que vão surgindo nas ouvidas seguintes!
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Lizandro diz:
Essa foi outra que saiu quase que de primeira. Acho que todo mundo pensou muito em Whitesnake (“Cryin in the Rain”, Bruno?) e saiu com esse peso, essa raiva. Aliás, uma coisa que eu adorei no álbum todo é que sem exceção as letras casam com o contexto sonoro... e essa é a musica raivosa. Pedir apenas distancia e silencio de alguém com certeza não soa nada amistoso...
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Régis Garcia diz:
Cara, a gente batalhou bastante com ela. Foi a primeira a ser mixada, se não me engano. Acho que foi uma das que deu mais problemas. O baixo foi um pânico numa nota específica por conta da afinação. Eu acho ela linda e cheia de feeling, mas me cansou um pouco ficar por perto dela. Agora tenho escutado de novo e tenho sentido bastante falta dela.
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Bruno diz:
É uma música difícil de tocar afinado, no baixo e na guitarra, por conta da distância entre as notas que se chega com slide.
Foi um parto pra gravar, no meio do verão minhas guitarras não seguravam a afinação tão bem, mas quando dá trabalho assim, a gente capricha
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Imprensa diz:
E para fechar o álbum, “One More Time” vem com uma velocidade bluegrass e uma boa fusão melódica de baixo e guitarra. Deve ter sido divertido casar o baixo com essa guita (ou vice versa).
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Bruno diz:
A guita sobre o baixo. Encher sem tirar atenção do baixo é que foi complicado, por isso a base é simples... Daí, pra compensar, o solo é um dos que mais gosto!
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Lizandro diz:
Ela foi a musica que menos ensaiamos, apesar de termos aprontado ela antes de duas ou três. Fui pro estúdio quase sem saber o que fazer nela. Deu no que deu! O que se ouve de bateria nela foi o único take feito. Baixei a loucura, respirei fundo e toquei. Ah, também foi a única faixa em que não usei minha caixa Tama... foi uma Yamaha 9000, pertencente ao Magalhães (Studio Beer). Daí aquele som mais ardido, mais Paice.
-
Régis Garcia diz:
O título provisório dela é “Bluegrass” mesmo. A intenção era essa. Enquanto a gente fazia ela eu ficava imaginando um lance meio igreja no Alabama, saca? O pessoal dançando meio estranho, tipo Blues Brothers! Essa música é fantástica pela "proguerola" (o Lizandro explica). E eu adoro sentar a mão no baixo dela. É uma das minhas preferidas do disco mesmo. E olha que achamos que ficaria péssima!
-
Lizandro diz:
(risos)
prog-róla. progressive pandeirola
É que ela não obedece a nenhum padrão minimamente linear na execução! Daí tu imagina as risadas quando eu tava gravando, sem eles terem monitoramento... Parecia que eu tava com Parkinson ou algo assim!
(risos)
-
Régis Garcia diz:
E nos fez rir por horas!
--
Imprensa diz:
Esqueci de mencionar que - aqui no meu som - eu consigo ouvir o metrônomo de “You Can't Kill My Rock ‘N’ Roll”! É o metrônomo? É percussão? É proposital?
-
Bruno diz:
É o cowbell, não o metrônomo! É que a maioria dos metrônomos usa som de cowbell. É proposital sim, mas foi gravado.
-
Imprensa diz:
Quando eu gravo bateria, o meu metrônomo é cowbell!
(risos)
-
Lizandro diz:
Eu queria que ficasse mais alto (emoticon triste).
--
Imprensa diz:
Se vocês fossem mostrar o cd para alguém, mas a pessoa só tivesse dez minutos de tempo para ouvi-lo, o que vocês mostrariam a ela?
-
Lizandro diz:
“Tell Me e “Touch”.
-
Régis Garcia diz:
Eu gosto dos detalhes: o coro e as palmas da “Tell Me”, a síncope da “She's no Lady”, a dobra de baixo e guitarra que antecede o solo da “Make me Wonder”, os gritinhos da “Touch”, a percussão de maneira geral. Mas acho que eu mostraria a “Tell Me” inteira e a “One More Time”.
-
Bruno diz:
Eu não sei, acho que também mostraria partes de cada coisa.
--
Imprensa diz:
Pensem então, please, em 5 discos que são os seus preferidos hoje, ou se quiser, incluir algum com valor histórico... Fique a vontade!
-
Lizandro diz:
buenas...
- Judas Priest, British Steel. Metal for dummies. É tudo que um bom disco de peso precisa ser, sem soar assustador para afugentar adolescentes incautos que como eu passariam o resto da vida curtindo guitarras em duo, vocais exuberantes e cozinhas de peso.
- The Ramones, Road to Ruin. O mais genial disco deles. Com 3 notas por musica, dão o que pensar por décadas sobre o que cada faixa passa. E é limpo, pesado, coeso.
- Motörhead, 1916. Que Pelé que nada, Lemmy é Deus. Mas se ele assumisse isso, não teria mais groupies e sim adeptas. E o Philthy Taylor é realmente um animal.
- Black Sabbath, Vol 4. Apesar de meio esquecido por todos, eu adoro esse disco. Tem tudo ali, peso, harmonias encantadoras, percussão, mais peso, riffs divinos, composições bem tramadas... Ouço com o mesmo gosto há 20 anos
- e o FUCK, do Van Halen. Nunca se viu tanto bom casamento de guitarra e bateria nas faixas.
-
Régis Garcia diz:
Sem muitas delongas: levando em consideração o que sempre me serve pra LOUD!, eu diria que o Nine Lives, do Aerosmith, por tudo, pelos timbres principalmente e pela sobriedade dos arranjos.
O The Real Thing do Faith no More, por ter culhões de abrir com "From Out Of Nowhere", por ser o primeiro do Patton e principalmente pelo baixo maluco do Gould, que paira entre o "marcado-e-daí?" e o "eu-faço-o-que-bem-entender-e-quando-eu-quiser!". É uma fonte inesgotável de inspiração.
O Machine Head, do Purple, que é um clichê, mas ao mesmo tempo é realmente e inegavelmente genial. "Pictures of Home" me atinge sempre por dois lados: o teclado fenomenal e a possibilidade de um solo de baixo tosqueirão do Glover, lindo e agressivo, saturado, preciso. Aliás, é um cara que ninguém dá nada, mas é um gênio.
O Into the Light, do Coverdale, como eu já tinha ressaltado no IMRG. É uma das obras primas atuais. Sensível, suave e, ao mesmo tempo, uma pedrada pra quem curte rock and roll.
E o Them Crooked Vultures, que foi uma surpresa pra mim. Achei que sairia coisa boa dali, até porque nunca gostei muito do QoSA. Queimei a língua! É um álbum pra bater cabeça do início ao fim. E são três caras, sabe? Eles e o Rush sempre me motivam a manter a LOUD! como está. Dá pra fazer música boa sem tantas camadas e tudo mais.
-
Bruno diz:
Lá vou eu:
•Van Halen 1: Porque apesar de toda a virtuose, é cru, espontâneo, cheio de ambiência e pegada.
•Whitesnake – 1987: Porque tem o Coverdale e o John Sykes dando tudo de si.
•Winger – Pull: É um disco subestimado de uma banda subestimada, mas é cheio de climas, foi gravado em 93, é hard, mas já tem um pouco daquela melancolia do grunge.
•Jimi Hendrix: Electric Ladyland. É tão cheio de detalhes sutis que é muito fácil deixar algo passar. Cada vez que eu escuto é uma sensação nova.
•Iron Maiden: Fear Of The Dark: Acho que foi o disco que mais me influenciou a tocar guitarra, lá no início. É simples, mas cheio de boas composições.
•AC/DC – Back In Black. Porque sim! Além do Machine Head e... Não dá pra ficar só no top 5!
(risos)
--
Imprensa diz:
Vou citar dois músicos geniais em diferentes instrumentos, e vocês dissertam suas impressões sobre eles:
Bobby Jarzombek e John Bonham!
-
Lizandro diz:
Jarzombek (emoticon sorriso) o cara é insano. Dele eu surrupiei a técnica de open-handed (troquei do cross-handed pra ela, ou seja, tive de me reeducar totalmente), e apesar de 'sem pulsos', o cara é matador, compõe muito bem. Mas me influenciou mesmo na técnica.
Bonham: sabe, até pouco tempo atrás eu não dava muito valor a ele, preferia os moedores, atletas da bateria. De um tempo pra cá, uns cinco ou seis anos, tenho ouvido direto. Ser bom com simplicidade é dádiva de poucos. E sem falar na pegada dele e no groove. Se eu consegui transpirar uns 10 por cento de Bonham no cd, já me dou por satisfeito (emoticon sorriso).
--
Imprensa diz:
Tom Hamilton e Geddy Lee!
-
Régis Garcia diz:
Extremos, cara. O Hamilton é um cara subestimado demais. É que é foda ser visto entre o Tyler e o Perry. Mas ele consegue. A "Living on the Edge", por exemplo, não seria metade da música que é se não fosse por ele. Além disso, o timbre dele é sensacional. Foi uma das minhas grandes primeiras influências.
O Geddy Lee é o outro lado da moeda. Tá bom que é outra praia, mas ele podia ter se escondido nos synths e atrás do Lifeson e não o fez. O que mais me agrada nele, além da competência extrema nas linhas complexas de baixo e na arte de explorar ritmos sem soar não-natural, é a capacidade de abusar da tecnologia, dos timbres peculiares, da combinações sonoras que ele faz. Ele é simplesmente um gênio... e não troco de maneira alguma um Geddy Lee por qualquer filhote prog dele ou suas vertentes. Myung who? Quatro cordas é mais que suficiente pra criar melodia, harmonia e ainda pirar de vez em quando sem fazer um trio soar sem graça.
-
Imprensa diz:
Slash e
Hm...
Pensando...
Richie Sambora!
--
Bruno diz:
Provavelmente os primeiros guitarristas que eu "queria ser quando crescer"
(risos)
Não falei no Guns antes porque não vejo muito deles no som da LOUD.
Mas ele foi o meu primeiro guitar hero, e não podia ser diferente, ele ainda é um símbolo pra quem começa hoje!
O que eu mais gosto nele, além do timbre característico, a presença e a pegada, é como ele coloca tanta coisa da gênese da guitarra rock num contexto mais pesado, e sempre soando atual e autêntico! Junto com o Gary Moore, o Joe Perry e o Joe Satriani, foram os primeiros caras que eu admirei.
Já o Sambora é um cara totalmente a favor da composição. Ele pinta quadros quando arranja, usa vários timbres diferentes, é muito versátil, muito criativo, mas raramente se coloca em primeiro plano. Só quando a música pede. “Dry County”, “Bed Of Roses”... é o cara das baladas! Eu adoro a guitarra de “This Ain't a Love Song”.
É isso!
--
Imprensa diz:
Alguma coisinha que faltou cobrir?
-
Bruno diz:
Muita, mas não vai caber nessa entrevista e eu to com muito sono!
Deixa pra próxima!
--
Imprensa diz:
(risos)
Por exemplo?
-
Bruno diz:
Ná, já são 4 horas!
(risos)
--
Imprensa diz:
Só para eu melhorar como entrevistador e não deixar tanto furo!
-
Bruno diz:
Não vamos esgotar o papo de uma vez só!
Faltou foi o Thiago aqui!
--
Imprensa diz:
Boa noite, thanks Lizandro.
-
Lizandro diz:
Abração! Valeu a oportunidade!
-
Régis Garcia diz:
Beijo, Liz.
-
Lizandro diz:
Régis e Bruno, beijundas.
-
Bruno diz:
Táu! Bezo!
-
Régis Garcia diz:
Tenho que trabalhar as 9 (NR: eram 4 a.m.!)
Beijocas Brunico e Imprensa!
-
Lizandro diz:
====> saída pela direita
--
Imprensa diz:
Buenas... Boa noite Régis!
-
Régis Garcia diz:
Valeu de novo pela oportunidade, man!
-
Bruno diz:
mmm, ok!
Cara, valeu! Além da oportunidade, o interesse.
Tenho que ir lá!
--
Imprensa diz:
(risos)
Vai lá!
Abs.
-
Bruno diz:
Abraço!
--
Créditos: Rk - IMRG (http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=25804247)
Foto por Daniel Corrêa - @dgcorrea83 no Twitter
Pra escutar LOUD! acesse - Bandcamp - Blogspot - Myspace - SoundCloud
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domingo, 30 de janeiro de 2011
Roberto Silva - Pra Sempre
Nesse último fim de semana, sexta-feira, dia 28 de janeiro, andando pelas novas instalações da feira do livro do Cassino (recomendo aos que ainda não visitaram. Além de grandes oportunidades de adquirir cultura nas bancas, também há oportunidades de adquirir, diariamente, cultura nos palcos) encontrei Roberto Silva, músico daqueles que dá orgulho dizer que foi moldado pelos palcos da cidade e seu entorno. O mais legal é que ele estava lançando um registro sonoro oficial muito bem elaborado. Gravado no estúdio Master, produzido e distribuído pelo selo de mesmo nome, o álbum "Pra Sempre" (2010) surpreende pela qualidade ímpar. Com a participação quase integral no cd do multi-talentoso Régis Daian tocando alguns instrumentos, produzindo todo disco e arranjando, junto com Vinhi Moraes, quase todas as faixas, o registro não poderia ter ficado menos interessante. Régis Daian é baixista e já produziu e atuou como músicos em mais de uma dezena de projetos de qualidade e/ou grande expressão musical. Entre esses projetos, suas últimas grandes contribuições foram trabalhando com Zé Caetano, Tonho Crocco e Claus e Vanessa. Como se não fosse suficiente essa grande contribuição, Roberto Silva ainda investiu na ajuda de Ita Nascimento, outro desejável colaborador para um trabalho como o apresentado em "Pra Sempre". Apesar da grande qualidade em arranjos, o grande mérito aos meus leigos ouvidos para o estilo - que devo confessar, não sou grande fã ou entendido - é o do vocal de ROberto Silva. A afinação sempre impecável, o bom gosto para os arranjos de voz e as nuances e sutilezas que o cantor oferece ao ouvinte são realmente os pontos fortes do álbum. Ao todo são 12 faixas, todas contextualizadas com uma aura romântica e típica do pós-samba, com evidentes influências de artistas mais antigos e mais interessantes que os novos grandes nomes do Brasil. Há também uma linearidade lírica, que faz com que o disco possa ser ouvido do início ao fim sem que soe como uma colcha de retalhos. Ainda sobre as letras, a parceria com o músico Pirulito em "Foi Tudo Ilusão" comove e ressalta a importância da integração e da parceria dentro do cenário musical gaúcho do samba e pagode.
Certamente "Pra Sempre" de Roberto Silva é uma peça inusitada aqui no Rio Grande em Bandas, mas digna de ser resenhada pela sua qualidade e pela postura sempre solícita e profissional do seu autor. Para adquirir o cd, basta ligar para (53)9129-3339 ou (53) 9996-1733 e conversar com o próprio artista. Pra quem curte, vale a pena conferir!
Certamente "Pra Sempre" de Roberto Silva é uma peça inusitada aqui no Rio Grande em Bandas, mas digna de ser resenhada pela sua qualidade e pela postura sempre solícita e profissional do seu autor. Para adquirir o cd, basta ligar para (53)9129-3339 ou (53) 9996-1733 e conversar com o próprio artista. Pra quem curte, vale a pena conferir!
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sexta-feira, 6 de agosto de 2010
HD Virtual - resenhe!
Com base na sugestão do gremista Paulo Olmedo (http://arazaodoabsurdo.blogspot.com/), gostaria de propôr algo aos leitores do blog: resenhe o trabalho de alguma banda/artista que esteja a disposição no HD Virtual. Qualquer um pode resenhar qualquer trabalho, é só escrever o texto (não vou impor limite de palavras, usem o bom senso) e enviá-lo via e-mail para felipe@tramasoli.com. O resto do trabalho, no que concerne à postagem (como imagens, links), deixem comigo. Só peço para que especifiquem bem a quem estão se referindo.
ps: não se preocupem, serão dados os devidos créditos!
edit:::::::::
caso alguém resenhe a mesma coisa, as duas (ou três, ou quatro,..) serão dispostas na mesma postagem, mesmo que alguma resenha já tenha sido postada, ou seja, qualquer um pode resenhar o trabalho da Hillmansion e o projeto Adam Feather Solo Flight, que já foram postados aqui no blog!
terça-feira, 27 de julho de 2010
Adam Feather Solo Flight - À venda [2009]
01 Amnésia
02 À Venda
Adam Feather Solo Flight é o projeto solo do músico rio-grandino Adão Pena, que, atualmente, reside no estado de São Paulo. O single À Venda (2009), também encontra-se no myspace do projeto.
------ + hd virtual
contato: musicabigriver@gmail.com
no orkut: imprensa musical em rg
domingo, 18 de julho de 2010
Hillmansion - Live in Radar - TVE
Aqui vai a primeira postagem da mais nova seção deste blog! Este espaço será reservado para divulgar o material que é disponibilizado pelos artistas e gerido pelo Rk no HD Virtual, um grande acervo - que só cresce - contendo o registro de diversos artistas da cidade do Rio Grande e - também - de São José do Norte.
Antes de mais nada, gostaria de ressaltar uma coisa: este espaço - de maneira alguma - visa substituir o serviço que o HD Virtual propicia, o objetivo é estimular o público (me incluo aqui) a conhecer um pouco mais do que é produzido na região.
Então, eventualmente, disponibilizaremos aqui um pouco do que se pode encontrar pelo HD Virtual, só pra termos uma palhinha. Caso apareça o interesse em obter mais material do artista, procure o acervo, que pode ser acessado pelo endereço http://musicabigriver.4shared.com (senha: musicabigriver).
Antes de partir pra primeira banda, gostaria de agradecer ao Rk (pelo trabalho muito legal), aos artistas em geral (que disponibilizaram o material) e ao Régis (que cedeu este espaço).
'Bora!
01 The Good Samaritan
02 What I Need
03 Sea of Nightmares
04 I Don't Remeber
À época, a Hillmansion era composta por Rk (vocais/violão), Titi (baixo), Luiz Young (guitarra 1), Gury (guitarra 2) e Franco Magroski (bateria). Este material é resultado de uma aparição da banda no programa Radar, da TVE, na cidade de Porto Alegre. Particularmente, a Hillmansion é uma das melhores coisas que já ouvi ao vivo, talvez eu a tenha escolhido como a primeira banda a postar por isso, vai saber! Façam bom proveito, eu faço. Menção honrosa para a faixa The Good Samaritan, foda demais.
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contato: musicabigriver@gmail.com
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quarta-feira, 9 de junho de 2010
Batalha do Rock 05/06
Neste sábado, dia 05 de junho, aconteceu um dos eventos mais esperados dos últimos tempos na cidade do Rio Grande. Junto com os Funeral Voix, o Batalha do Rock sempre foi um evento de grande público e grande prestígio na cidade. Essa última edição começa boa bem antes das portas dos evento (um bocado atrasadas) serem abertas. Bastante gente ficou sabendo lá pela frente mesmo que a Nitrovoid, uma das bandas participantes do evento, tinha sido classificada para a final de evento/festival promovido pela produtora Beco de Porto Alegre, em parceria com a cervaja Polar. O concurso de bandas chamado "A Melhor é Daqui" agregou um grande contigente de excelentes bandas do RS, entre estas algumas outras bandas de Rio Grande como Outdate e tangerines e ainda outros nomes de peso da região, como a pelotense Canastra Suja. Contudo, entre as seis escolhidas pelo público para participar da final, a nossa representante ficou sendo a Nitrovoid, banda de São José do Norte com membros também de Rio Grande. Logo no primeiro show o clima do festival já ficou altamente animado. A primeira banda a apresentar seu show foi a Pano de Fundo. Seguindo o mesmo vigor e excelência em execução e arranjos apresentados no Maio Cultural, alguns dias antes, a Pano de Fundo conseguiu agradar gregos e troianos, todas as tribos e tipos de público presentes no festival organizado por Piter.
A segunda banda da noite foi a Drift Five. Seguindo uma linha de bandas que se auto-definem como hardcore melódico, a Drift Five aparentemente apresentaria um show estigmatizado por fazer parte de um momento de tendências nem sempre bem aceitas no rock. Surpreendentemente, o público aplaudiu, acompanhou e respeitou demais o trabalho da banda. Evidentemente isso é completamente justificado por conta do trabalho sério e competente da banda. O ponto alto do show da Drift Five é a enregia que é emanada durante a execução de cada música, com destaque especial para o estilo agressivo e técnico do baterista Paulo Gabriel, vulgo Batatinha. Infelizmente, devido a alguns problemas técnicos, a Drift Five não acabou sua apresentação, mas pode deixar uma boa impressão no palco do Batalha do Rock.
Com tempo extra para a sua apresentação, a terceira banda da noite foi a aclamadíssima Nitrovoid. Quem sabe por conta do êxtase da boa notícia da classificação para a final do concurso na capital gaúcha, ou quem sabe apenas pelo brilhantismo que acompanha cada indivíduo da Nitrovoid nos últimos tempos, o show foi de uma magnitude atípica aos palcos da cidade. Era um conjunto monstruoso, uma conspiração favorável em todos os aspectos para que aquele momento ficasse eternizado nos anais do rock de Rio Grande. E todos contemplaram, acompanharam, aprovaram e pediram por mais. É bastante difícil descrever algo que beira o ideal num palco de shows, mas foi isso que foi e é o que se pode dizer. Não é a toa que a Nitrovoid está alcançando os picos mais altos, que, é bom que não se esqueça, são os mais difíceis de serem escalados e mais propícios a grandes problemáticas, todas superadas, sem dúvida, até esse momento. Fica, além dos parabéns pelo grande show, o parabéns pelas conquistas até agora, Nitrovoid.
Além disso, é claro, ficam também os parabéns para o Piter e toda equipe competentíssima do Batalha do Rock por proporcionar um espetáculo digno do público sedento da cidade do Rio Grande. Não fiquei para ver a banda Al-Kaeda, mas espero que o evento tenha sido bom do início ao fim. Parabéns, Batalha do Rock.
A segunda banda da noite foi a Drift Five. Seguindo uma linha de bandas que se auto-definem como hardcore melódico, a Drift Five aparentemente apresentaria um show estigmatizado por fazer parte de um momento de tendências nem sempre bem aceitas no rock. Surpreendentemente, o público aplaudiu, acompanhou e respeitou demais o trabalho da banda. Evidentemente isso é completamente justificado por conta do trabalho sério e competente da banda. O ponto alto do show da Drift Five é a enregia que é emanada durante a execução de cada música, com destaque especial para o estilo agressivo e técnico do baterista Paulo Gabriel, vulgo Batatinha. Infelizmente, devido a alguns problemas técnicos, a Drift Five não acabou sua apresentação, mas pode deixar uma boa impressão no palco do Batalha do Rock.
Com tempo extra para a sua apresentação, a terceira banda da noite foi a aclamadíssima Nitrovoid. Quem sabe por conta do êxtase da boa notícia da classificação para a final do concurso na capital gaúcha, ou quem sabe apenas pelo brilhantismo que acompanha cada indivíduo da Nitrovoid nos últimos tempos, o show foi de uma magnitude atípica aos palcos da cidade. Era um conjunto monstruoso, uma conspiração favorável em todos os aspectos para que aquele momento ficasse eternizado nos anais do rock de Rio Grande. E todos contemplaram, acompanharam, aprovaram e pediram por mais. É bastante difícil descrever algo que beira o ideal num palco de shows, mas foi isso que foi e é o que se pode dizer. Não é a toa que a Nitrovoid está alcançando os picos mais altos, que, é bom que não se esqueça, são os mais difíceis de serem escalados e mais propícios a grandes problemáticas, todas superadas, sem dúvida, até esse momento. Fica, além dos parabéns pelo grande show, o parabéns pelas conquistas até agora, Nitrovoid.
Além disso, é claro, ficam também os parabéns para o Piter e toda equipe competentíssima do Batalha do Rock por proporcionar um espetáculo digno do público sedento da cidade do Rio Grande. Não fiquei para ver a banda Al-Kaeda, mas espero que o evento tenha sido bom do início ao fim. Parabéns, Batalha do Rock.
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Maio Cultural no Petruzzi
Quem sabe um pouco tarde, mas aproveitando o tempo livre pra dar uma atualizada aqui. Bom, o Maio Cultural já terminou suas atividades, mas fica aqui um breve registro sobre um dos últimos shows do evento. No dia 28 de maio, apresentavam-se três grandes bandas da cidade. Lá por volta de 9 da noite, a RadioWave, banda focada em covers de bandas dos anos 80, 90 e anos 2000 com vocais femininos (ou nem sempre), subia ao palco improvisada e simpático do restaurante, que já estava completamente lotado no espaço reservado ao público. No repertório músicas de artistas cmo Seal, Joss Stone e outros grandes nomes do R&B, pop, funk e rock mundial. Um show repleto de carisma e arranjos impecáveis e muito bem executados.
Em seguida, e não deixando o clima ficar mais amêno, a veterana Vander Vogel (devo se é com W ou com V) executa suas músicas próprias, já bastante conhecidas pelos fãs e amigos da banda. O show da banda torna-se bastante interessante por tratar-se de uma banda necessariamente de músicas autorais, mas que faz com tudo soe extremamente familiar e agradável ao ouvido mais exigente. Uma banda com qualidade indiscutível e de arranjos muito interessantes.
A Pano de Fundo, quem sabe a banda mais esperada da noite, foi a última a tocar no evento. Contando com a animação ímpar da platéia que almejava ávida pelas covers "lado B", marca registrada da banda, a Pano de Fundo, evidentemente, não decepcionou. Na minha opinião, o ponto forte da banda continua sendo o trabalho de vocais impecável e assustadoramente de bom gosto. Músicas como "Carry on my Wayward Son", do Kansas, fazem com que o público mais fiel fique com os olhos cheios de lágrimas, tal a excelência na execução do cover. Além disso, é claro, sempre um feeling extraordinário durante toda apresentação e, para coroar a noite, homenagens aos grandes Dio e Bebeco Garcia.
Definitivamente uma noite de sucesso para o Maio Cultural em um ambiente excelente, de público participante e de apresentações sem comparação. Brilhante.
Em seguida, e não deixando o clima ficar mais amêno, a veterana Vander Vogel (devo se é com W ou com V) executa suas músicas próprias, já bastante conhecidas pelos fãs e amigos da banda. O show da banda torna-se bastante interessante por tratar-se de uma banda necessariamente de músicas autorais, mas que faz com tudo soe extremamente familiar e agradável ao ouvido mais exigente. Uma banda com qualidade indiscutível e de arranjos muito interessantes.
A Pano de Fundo, quem sabe a banda mais esperada da noite, foi a última a tocar no evento. Contando com a animação ímpar da platéia que almejava ávida pelas covers "lado B", marca registrada da banda, a Pano de Fundo, evidentemente, não decepcionou. Na minha opinião, o ponto forte da banda continua sendo o trabalho de vocais impecável e assustadoramente de bom gosto. Músicas como "Carry on my Wayward Son", do Kansas, fazem com que o público mais fiel fique com os olhos cheios de lágrimas, tal a excelência na execução do cover. Além disso, é claro, sempre um feeling extraordinário durante toda apresentação e, para coroar a noite, homenagens aos grandes Dio e Bebeco Garcia.
Definitivamente uma noite de sucesso para o Maio Cultural em um ambiente excelente, de público participante e de apresentações sem comparação. Brilhante.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
FEARG 2010
Quase fim do prazo pra quem quiser fazer a inscrição. O deadline é amanhã, então, corram pra deixar material.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Maio Cultural - Cordas & Vozes - 3ª edição
Aconteceu ontem, dia 19 de maio, no Centro Municipal de Cultura, a terceira edição do projeto Cordas & Vozes. O projeto, como o nome já aponta, visa a presentação acústica de vários artistas e bandas com trabalhos de autoria própria. Um pouco desse formato proposto pelo evento é para ilustrar uma parte bastante importante dos processos de composição da maior parte das bandas, onde normalmente temos o violão como elemento primordial e base do que virá a ser o arranjo final da música. Outra parte, como afirmado por um dos próprios organizadores do evento e idealizador do projeto, Carioca Feitosa, visa a facilidade e a dinâmica que uma apresentação com violão e voz (e eventualmente outros elementos) pode oferecer. O público, que acomodava-se timidamente pelas cadeiras do salão do local era, como de praxe, basicamente composto por músicos e demais artistas locais, fato que não faz do evento um fracasso, mas sim um grande sucesso. Apesar de haver sempre uma urgência por participação de público interessado e não apenas envolvido com arte, é sempre excelente saber que o há apoio e, no mínimo, interesse do artista no trabalho de outros artistas. Além disso, o ambiente sempre repleto de amigos, conhecidos e simpatizantes faz com que o clima fique agradável e com que todo esforço de quem participa valha a pena. A primeira apresentação da noite, quando o relógio marcava aproximadamente 20:30, ficou por conta de um juntamento composto por este que aqui escreve, Régis Garcia (Stay, LOUD!, tangerines), tocando seu violão, um dos organizadores do evento, Rafael Nasic (Stay, Pesadelo 136), no vocal, Felipe Amaral (Chihuahuas), no cajon e, em uma das músicas, J.F. Costa (Nitrovoid). A apresentação foi basicamente um tributo em voz, percussão e violão ao Queda Livre, E.T.H.E.R e Película Suburbana, banda fundamental no cenário musical em São José do Norte. A apresentação começou com o clássico "Vomitei na tua boca", da Película Suburbana, onde J.F. Costa, como representante da cidade vizinha São José do Norte aqui em Rio Grande, participou engrossando o caldo sonoro com um violão.
Logo em seguida, Will Farias (violão), Deividi Souza (voz) e Wagner Almeida (violão) foram ao palco para representar a banda Drowsiness. O pessoal optou por apresentar tanto composições mais antigas quanto mais recentes, finalizando com "Coma". A apresentação da Drowsiness foi marcada por problemas técnicos e, com certeza, em virtude disso, um pouco de nervosismo. Dou destaque ao vocal de Deividi Souza, que de maneira acústica fica bastante claro e suave.
Seguindo no mesmo clima bastante alternativo, uma parte da banda Trend apresentou suas composições com uma proposta bastante orgânica e, ao mesmo tempo, diferenciada. Rafael Rechia (violão e voz) e Thiago Iankoski (violão) tocaram composições próprias em língua inglesa acompanhados da sonoridade de um violão de 12 cordas e um violão com slide, microfonados, procurando manter um padrão blueseiro e bastante natural. Aliado ao clima blues tradicional dos violões, a inovação ficou por conta, em determinados momentos, da aplicação de um pouco de distorção na voz de Rafael. Destaque para a excelente Jesus of Mercedes.
Com o público mais presente e definitivamente entrando no clima do evento, a banda The Frowzys - os Carpenters de Rio Grande, apresenta uma proposta acústica que, de certa maneira, remete ao som plugado da banda. Além do vocal tímido e meigo da vocalista Suellen (que por sinal contrasta com a acidez de alguns trechos das letras da banda, oferecendo ao público um clima de deboche), Luiz Young foi ao palco munido de seu ukulele enquando Eduardo Custódio sustentava a base com o violão, para, logo em seguida, alternar com Young e encarar o pequeno instrumento de quatro cordas. Uma apresentação bastante agradável aos ouvidos de todos presentes no local do evento.
Com muito humor, como sempre, os próximos convidados do evento foram os sanguessugas retirantes. Novamente com a participação de Felipe Amaral no cajon, a Vampiros Nordestinos, representada por Carioca Feitosa no violão e voz e André Ravara na no violão, apresentou, entre outras, a já clássica "Clóvis" e a quase psicodélica "Máquinas". O mais bacana durante o show da Vampiros Nordestinos, além do humor, é claro, foi o entrosamento dos músicos, mesmo sendo tudo, aparentemente, no improviso. Sem sombra de dúvidas uma das melhores apresentações da noite.
Em seguida, já com o tempo estourando, a Nitrovoid, aparentemente banda mais esperada da noite, sobe ao palco e oferece ao público músicas do novo EP e do registro sonoro posterior - Morphocoda. J.F. Costa (voz e violão) e Erlon M. (violão e vocais) apresentaram ao público ainda presente em grande quantidade as músicas "Juiz Celestial", "Bota Velha Preta" e "Calvário", canção ainda não apresentada em registros oficiais da banda. A riqueza dos detalhes e arranjos nas composições da Nitrovoid é definitivamente o fator que faz com que a sonoridade da banda não seja apenas visceral, mas também madura e fácil de digerir.
Finalmente, encerrando a noite, Rafael Nasic (voz e violão), Enio Estima (vocais e violão) e, em uma das canções, Luiz Young (violão e ha-ha-ha) mostraram que não há necessidade de distorção para fazer punk rock divertido e, ao mesmo tempo, responsável. Uma apresentação bastante rápida e rasteira, fechada com chave de ouro por um dos maiores clássicos da música da cidade: "Fogo no Relógio".
De maneira geral, considerando a normal pouca participação do público da cidade e o fator data no meio da semana, o evento foi mais que um sucesso. Como sempre, toda movimentação artistica e cultural é essencial para fomentar o crescimento do cenário, bastante precário até o momento, mas não em termos de artista, mas sim de apoio de todas as outras camadas e nichos da sociedade.
Logo em seguida, Will Farias (violão), Deividi Souza (voz) e Wagner Almeida (violão) foram ao palco para representar a banda Drowsiness. O pessoal optou por apresentar tanto composições mais antigas quanto mais recentes, finalizando com "Coma". A apresentação da Drowsiness foi marcada por problemas técnicos e, com certeza, em virtude disso, um pouco de nervosismo. Dou destaque ao vocal de Deividi Souza, que de maneira acústica fica bastante claro e suave.
Seguindo no mesmo clima bastante alternativo, uma parte da banda Trend apresentou suas composições com uma proposta bastante orgânica e, ao mesmo tempo, diferenciada. Rafael Rechia (violão e voz) e Thiago Iankoski (violão) tocaram composições próprias em língua inglesa acompanhados da sonoridade de um violão de 12 cordas e um violão com slide, microfonados, procurando manter um padrão blueseiro e bastante natural. Aliado ao clima blues tradicional dos violões, a inovação ficou por conta, em determinados momentos, da aplicação de um pouco de distorção na voz de Rafael. Destaque para a excelente Jesus of Mercedes.
Com o público mais presente e definitivamente entrando no clima do evento, a banda The Frowzys - os Carpenters de Rio Grande, apresenta uma proposta acústica que, de certa maneira, remete ao som plugado da banda. Além do vocal tímido e meigo da vocalista Suellen (que por sinal contrasta com a acidez de alguns trechos das letras da banda, oferecendo ao público um clima de deboche), Luiz Young foi ao palco munido de seu ukulele enquando Eduardo Custódio sustentava a base com o violão, para, logo em seguida, alternar com Young e encarar o pequeno instrumento de quatro cordas. Uma apresentação bastante agradável aos ouvidos de todos presentes no local do evento.
Com muito humor, como sempre, os próximos convidados do evento foram os sanguessugas retirantes. Novamente com a participação de Felipe Amaral no cajon, a Vampiros Nordestinos, representada por Carioca Feitosa no violão e voz e André Ravara na no violão, apresentou, entre outras, a já clássica "Clóvis" e a quase psicodélica "Máquinas". O mais bacana durante o show da Vampiros Nordestinos, além do humor, é claro, foi o entrosamento dos músicos, mesmo sendo tudo, aparentemente, no improviso. Sem sombra de dúvidas uma das melhores apresentações da noite.
Em seguida, já com o tempo estourando, a Nitrovoid, aparentemente banda mais esperada da noite, sobe ao palco e oferece ao público músicas do novo EP e do registro sonoro posterior - Morphocoda. J.F. Costa (voz e violão) e Erlon M. (violão e vocais) apresentaram ao público ainda presente em grande quantidade as músicas "Juiz Celestial", "Bota Velha Preta" e "Calvário", canção ainda não apresentada em registros oficiais da banda. A riqueza dos detalhes e arranjos nas composições da Nitrovoid é definitivamente o fator que faz com que a sonoridade da banda não seja apenas visceral, mas também madura e fácil de digerir.
Finalmente, encerrando a noite, Rafael Nasic (voz e violão), Enio Estima (vocais e violão) e, em uma das canções, Luiz Young (violão e ha-ha-ha) mostraram que não há necessidade de distorção para fazer punk rock divertido e, ao mesmo tempo, responsável. Uma apresentação bastante rápida e rasteira, fechada com chave de ouro por um dos maiores clássicos da música da cidade: "Fogo no Relógio".
De maneira geral, considerando a normal pouca participação do público da cidade e o fator data no meio da semana, o evento foi mais que um sucesso. Como sempre, toda movimentação artistica e cultural é essencial para fomentar o crescimento do cenário, bastante precário até o momento, mas não em termos de artista, mas sim de apoio de todas as outras camadas e nichos da sociedade.
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